segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Quase eu.


Sou sempre quase alguma coisa. Nunca tenho paciência de terminar o que começo. Fui quase bailarina, quase atriz, quase costureira, quase dona de blog famoso. Sempre fui desajeitada e muito pouco responsavel. Tropeço o tempo todo, esqueço datas, fatos e até mesmo o que fui comprar na padaria. Quando percebo, estou lá sem saber como ou pra que cheguei. Me apaixono com uma facilidade absurda e desapaixono na mesma proporção, mas realmente odeio partir corações. Nunca fui muito bonita e pra não ajudar sempre tive um visual estranho de quem começou a pintar os cabelos aos nove anos de idade e é magricela o suficiente pra aparentar pelo menos tres anos menos do que realmente tem. Tenho dois lados em mim: o que adora um museu, filminho e livros e o baladeiro que só chega em casa de manhã com companhias que meus pais me deserdariam de vissem. Falo tranquilamente, uso sorrisos como virgula, e não suporto entristecer alguem, mas tenho um caso de amor com o que não serve que quase sempre anula as caracteristicas citadas no começo da frase. Sou voluvel mas nunca deixo de gostar totalmente. As vezes, anos depois revivo uma fase, um livro, uma roupa, que todo mundo jurava ser passageiro. Guardo lembranças com carinho, mas não exatamente com cuidado, tudo meu é meio jogado, mas juro que sei onde está. Sou timida e insegura, mas medo mesmo só tenho de lagartixas. Aprendi a não ouvir tudo e todos, que bagunça muitas vezes resulta em coisas produtivas e que a unica pessoa que nunca vai embora da minha vida sou eu mesma. Ou não.

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